O cenário político em Goiás parece mais uma partida de futebol em que só um time entrou em campo. Daniel Vilela, vice-governador e herdeiro político do MDB, está praticamente com a faixa de governador nas mãos para 2026. E o motivo? Uma oposição que mais parece aquele aluno que esqueceu que tinha prova: desorganizada, sem liderança e sem planejamento.
A força da liderança de Ronaldo Caiado, atual governador, foi tão contundente que minou qualquer tentativa de resistência política nos últimos seis anos. Desde que assumiu o poder, Caiado conseguiu neutralizar a oposição, transformando-a em uma sombra do que já foi. Aliás, sombra talvez seja generoso, porque para fazer sombra, precisa ter substância.
Enquanto isso, a oposição em Goiás segue à deriva.
Seus líderes parecem ter tirado férias prolongadas ou, quem sabe, esquecido o caminho de volta para a arena política. Os nomes que poderiam representar uma alternativa estão tão apagados que, se fossem lâmpadas, nem a troca do interruptor resolveria.
E assim, Daniel Vilela vive uma situação digna de piada política: não precisa se esforçar para parecer o candidato ideal, já que, do outro lado, não há sequer um candidato. Ele vai surfar na onda de um estado sem oposição, embalado pelo prestígio de Caiado e pela boa relação que construiu ao longo do mandato, com simpatia, empatia, carisma e principalmente: responsabilidade e capacidade, predicados que ele (Daniel) já provou que tem.
Se 2026 fosse amanhã, a eleição para governador em Goiás seria uma caminhada tranquila para Daniel Vilela. Afinal, com a oposição fora de combate há tanto tempo, nem precisa de campanha; talvez só uma boa sessão de fotos para o material de divulgação e, pronto, é só aguardar a posse.
Em resumo, enquanto Goiás assiste ao “sumiço” da oposição, Daniel Vilela já pode começar a escolher o modelo do terno e escrever o discurso de posse.
Afinal, com adversários assim, quem precisa de estratégia?
Só precisa de trabalho e fazer o resultado desse trabalho chegar ao cidadão.
O eleitor está de olho e nós também.