Para a magistrada, o governador Ronaldo Caiado utilizou o Palácio das Esmeraldas, sede do governo estadual, para promover eventos de campanha em apoio a Sandro Mabel. A denúncia foi apresentada pela coligação do candidato Fred Rodrigues (PL), derrotado no segundo turno das eleições. Os eventos aconteceram nos dias 7 e 9 de outubro, após o primeiro turno, e reuniram vereadores eleitos e lideranças políticas locais.
A decisão da cassação dos direitos políticos de Ronaldo Caiado, ganhou repercussão na mídia nacional. O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) tornou o governador do estado, Ronaldo Caiado, inelegível por oito anos por abuso de poder político nas eleições municipais de 2024. Na mesma sentença, a Justiça Eleitoral goiana cassou o registro da chapa do prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel, que foi apoiado por Caiado na disputa pelo comando da capital.
Os dois são filiados ao partido União Brasil. A medida não afeta o mandato atual de Caiado, que vai até 2026.
Em entrevista, Caiado cita várias situação semelhantes e que já constavam decisões no STF.
Na coletiva, ele citou a presidente Dilma em 2014 quando fez reuniões no palacio e a decisão do ministro Dias Toffoli: – “Ou seja, se a residencia oficial em periodo de campanha que é proximo as eleições é licito, quanto mais em período pretérito, não vejo qualquer ilicitude“;
Caiado também usou outros exemplos, dessa vez em 2018 em Goiás, no mesmo local, a residencia oficial do governador e lá ele cita situação descrita e divulgada pela imprensa e sem maiores prejuízos.
Em 2022, no segundo turno, Caiado cita a reunião com mais de 80 prefeitos onde se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro, tudo transmitido e sem maiores prejuizos.
Em 2024, Lula gravou todos os apoios direto do palácio.
Caiado também lembra que lá é a casa dele e que recebe pessoas em sua residência e acrescenta que não pode ter dois pesos e duas medidas, uns podem e outros não.
O Governador disse que as respostas serão dadas na justiça e disse que está tranquilo com a situação e que será dscutida na justiça.
A decisão de primeira instância é da juíza Maria Umbelina Zorzetti, da 1ª Zona Eleitoral de Goiânia, e ainda cabem recursos ao próprio TRE-GO, em segunda instância, e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Como a sentença não possui execução imediata, Mabel e a vice-prefeita eleita, Cláudia Lira (Avante), conhecida como Coronel Cláudia, poderão ser diplomados e tomar posse, até que o processo esteja finalizado (transitado em julgado).