Goiânia: Prefeito novo, problemas velhos e Sandro Mabel sob pressão

O prefeito Sandro Mabel e a vice-prefeita Coronel Cláudia foram empossados oficialmente em 1º de janeiro de 2025, durante cerimônia no Paço Municipal. Em seu discurso, Mabel enfatizou sua preparação para liderar Goiânia e comprometeu-se a trabalhar intensamente pela cidade. Ele destacou sua experiência de 20 anos no Congresso Nacional como fundamental para o diálogo com a Câmara Municipal e para atender às demandas da população.

O novo prefeito anunciou que iniciará sua gestão com uma série de decretos focados na eficiência administrativa, priorizando áreas como saúde, educação e trânsito. Entre as primeiras medidas, Mabel mencionou a obtenção de R$ 42 milhões junto ao Governo Federal, destinados a regularizar salários atrasados e adquirir insumos para o sistema de saúde. Ele afirmou que a prioridade é fazer a saúde funcionar, utilizando esses recursos iniciais como ponto de partida para reorganizar as finanças e tornar o sistema mais eficiente.

No setor educacional, o prefeito planeja ampliar vagas em creches e expandir escolas de tempo integral. Anunciou a abertura imediata de 2 mil vagas em creches por meio de convênios, com a meta de eliminar o déficit de 9 mil vagas até o final do semestre. Além disso, pretende construir novos Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) em áreas estratégicas para atender à demanda futura.

Em relação ao trânsito, Mabel prometeu intervenções para reduzir congestionamentos e melhorar o fluxo de veículos na cidade. As mudanças incluem a criação de três faixas em corredores principais, a remoção de estacionamentos em vias movimentadas e ajustes em rotatórias. Ele mencionou a implementação de semáforos inteligentes para diminuir o tempo de parada dos ônibus nos cruzamentos.

Durante a cerimônia, Mabel agradeceu à equipe do ex-prefeito Rogério Cruz pela colaboração na transição de governo e ressaltou a importância de dar continuidade a projetos relevantes para Goiânia. Rogério Cruz, por sua vez, relembrou sua trajetória política, homenageou o ex-prefeito Maguito Vilela e destacou o orgulho de ter sido o primeiro prefeito negro da capital. Ele enfatizou que as autoridades passam, mas as instituições permanecem e devem ser fortalecidas para garantir uma cidade melhor.

Após a posse, Sandro Mabel reuniu-se com seu secretariado para alinhar os primeiros decretos de sua gestão, incluindo medidas para enfrentar a calamidade financeira e reorganizar o sistema de saúde. Ele afirmou que já está trabalhando com o Governo Federal e que parte dos recursos negociados foi recebida no mesmo dia. Mabel concluiu dizendo que Goiânia pode esperar muito trabalho e dedicação de sua administração.

O triste fim de Rogério Cruz

A gestão de Rogério Cruz à frente da Prefeitura de Goiânia foi marcada por desafios significativos e críticas contundentes, culminando em um declínio acentuado de sua carreira política.

Assumindo o cargo em janeiro de 2021, após o falecimento de Maguito Vilela, Cruz enfrentou dificuldades em implementar as promessas de campanha. Um levantamento do G1, realizado em julho de 2024, indicou que 57,1% das propostas não foram concluídas, refletindo uma gestão aquém das expectativas.

G1

A percepção pública também se deteriorou ao longo do tempo. Uma pesquisa da Serpes/O Popular, divulgada em julho de 2024, revelou que mais de 55% da população goianiense avaliava sua administração como ruim ou péssima.

Nos Opinado Além disso, um estudo da Atlas Intel apontou que os cidadãos consideravam seu desempenho insatisfatório em diversas áreas críticas.

Diário de Goiás

Especialistas em ciência política atribuíram parte dos problemas à falta de preparo de Cruz para lidar com os desafios de uma metrópole complexa e desigual como Goiânia. Pedro Célio Alves Borges destacou que o prefeito permitiu que problemas antigos se agravassem, evidenciando uma gestão ineficaz.

O Popular

A transição para a administração de Sandro Mabel também foi alvo de críticas. Analistas sugerem que a equipe de Cruz não colaborou de maneira transparente, deixando a nova gestão com um legado de problemas, especialmente nas áreas de saúde e finanças municipais.

Jornal Opção

Além das críticas à sua administração, Rogério Cruz enfrentou questionamentos sobre o aumento expressivo de seu patrimônio pessoal. Reportagens indicaram que, em quatro anos, seus bens cresceram quase 2 mil vezes, levantando suspeitas sobre a origem desses recursos.

Estadão

Diante desse cenário, a carreira política de Rogério Cruz sofreu um declínio significativo. Sua tentativa de reeleição foi marcada por baixa intenção de votos e alta rejeição, refletindo a insatisfação generalizada da população com sua gestão.

Nos Opinado

Em resumo, a administração de Rogério Cruz em Goiânia foi caracterizada por promessas não cumpridas, avaliações negativas da população, críticas de especialistas e controvérsias sobre seu patrimônio pessoal, resultando em um fim melancólico para sua trajetória política.

Para uma visão mais detalhada sobre a gestão de Rogério Cruz, confira o vídeo a seguir:

Fontes

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