Segurança: Caiado criticou Lula quanto ao combate às facções criminosas do Brasil e reiterou que o texto da PEC enfraquece o poder dos estados
Segurança é o foco d Governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que voltou a criticar o texto da nova versão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública e a postura do Governo Federal quanto ao combate às facções no Brasil. Desta vez, ele falou durante sessão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.
Para Caiado, o país vive uma “guerra silenciosa” contra as facções criminosas, principalmente o Primeiro Comando da Capital (PCC), que não está sendo combatida pelo governo. “O Governo Federal nunca enfrentou facção em dois anos e seis meses”, disse ele sobre o presidente Lula (PT).
O governador afirmou que a PEC faz “cortina de fumaça para concentrar poder na mão de Ministro da Justiça”, se referindo ao que ele considera um um retrocesso na autonomia dos Estados na gestão das políticas de segurança pública. Ele continua dizendo que o crime no Brasil é tratado como pontual, quando é organizado.
“É uma facção criminosa que quer controlar o país politicamente, administrativamente e economicamente”, afirmou Caiado.
Sobre esse embate, Caiado ainda ironizou a medida exposta pelo texto do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que desencoraja o uso de armas letais, e criticou a Polícia Federal. Apesar de não duvidar da eficiência da PF, afirmou que a instituição está desestruturada e sem mão de obra.
Reiteradamente, o governador criticou a PEC enquanto enfraquecedor do poder dos Estados sobre as polícias civis, militares e corpos de bombeiros, segundo ele. “Isso é governo unitário, que desrespeita os entes federados. Não existe sistema unitário em governo federalista. Isso é o maior presente que se pode dar às facções”, disse.

reportagem: Jornal Opção