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Minuta: Mauro Cid confirma que Bolsonaro teve acesso e editou minuta do golpe do 8 de janeiro

A minuta previa a decretação do estado de sítio no país e a prisão de autoridades, com o objetivo de reverter o resultado das eleições presidenciais de 2022.

Brasília – A minuta em pauta – O ex-ajudante de ordens Mauro Cid confirmou, em novo depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-presidente Jair Bolsonaro não apenas teve acesso à chamada minuta do golpe, como também leu, revisou e editou o conteúdo do documento.

minuta

O depoimento prestado nesta segunda-feira (9), como parte do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado, representa um dos capítulos mais graves da investigação contra o ex-presidente.

Segundo Mauro Cid, Bolsonaro teria retirado nomes de outras autoridades do documento original e mantido apenas o nome do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e relator das ações contra o ex-presidente no STF.

“Ele leu, comentou e retirou vários nomes do texto original. Disse que não havia necessidade de tantas prisões. Deixou só o ministro Alexandre”, afirmou Cid durante o depoimento.

📍 Reunião no Alvorada

A minuta foi apresentada ao então presidente em uma reunião realizada na Biblioteca do Palácio da Alvorada, com a presença de Mauro Cid, dos três comandantes das Forças Armadas e do ex-assessor internacional Filipe Martins. O encontro teria ocorrido após a derrota de Bolsonaro para Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022.

A Polícia Federal já havia considerado a minuta como uma das peças centrais da trama golpista, sendo usada como base para a deflagração da Operação Tempus Veritatis, em fevereiro de 2024, que levou à prisão de militares e ex-ministros ligados ao ex-presidente.

⚖️ Avanço nas investigações

Com o novo depoimento, o STF intensifica os interrogatórios dos principais investigados no caso. Bolsonaro será ouvido nos próximos dias, assim como ex-ministros como Walter Braga Netto, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem.

A confissão de Mauro Cid pode reforçar a tese de que Bolsonaro participou ativamente da tentativa de ruptura institucional, e não apenas como figura informada.

📢 Reações

A defesa de Bolsonaro não comentou oficialmente o novo depoimento até o momento, mas aliados do ex-presidente já se movimentam para tentar descredibilizar o ex-ajudante, alegando que ele estaria sob pressão da Justiça para delatar.

Já parlamentares da oposição classificaram o depoimento como “gravíssimo” e pedem celeridade no julgamento do caso. “Trata-se de uma tentativa explícita de golpe, com participação direta de quem ocupava a Presidência da República”, afirmou um senador da base governista.


🔎 Entenda o que é a minuta do golpe

O documento em questão propunha a decretação de estado de sítio, a convocação de novas eleições e a prisão de ministros do STF e membros do Congresso Nacional, sob o argumento de supostas fraudes eleitorais. O texto circulou em meio a grupos bolsonaristas após o resultado das urnas, mas até então não havia comprovação formal de que Bolsonaro havia tido acesso direto ao material.

Com as revelações de Mauro Cid, o caso entra em uma nova fase e pode aprofundar ainda mais a crise no campo da direita brasileira.

Do 8 de janeiro a 9 de Junho – Do golpe ao STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os aliados que formaram a cúpula do último governo vão se encontrar nesta segunda-feira, 9, com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), para serem interrogados na ação penal que julga a trama golpista que culminou em 8 de janeiro de 2023. 

O mesmo Jair Bolsonaro, que no dia 30 de dezembro de 2022 abandonou o país para não dar posse a Lula (PT), agora pede não só aos brasileiros, mas aos ministros do STF, se esqueçam de boa parte do que ele disse durante quatro anos do seu governo.

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