O Brasil de Lula no 1º ano de Milei: Pouca conversa

O primeiro ano de governo de Javier Milei tem sido marcado por uma relação com o Brasil marcada por tensões, mas também por pragmatismo nas áreas comerciais e de energia. Enquanto Milei mantém uma postura agressiva contra ideologias de esquerda e contra o governo de Lula, a cooperação entre os dois países segue, especialmente nas questões econômicas e comerciais.

A relação entre os dois é facilmente interpretada e visível, basta olhar o semblante do presidente Lula nas fotos do G-20, sorriso em todas as fotos, menos ao lado de Milei (Centro)

Apesar de suas críticas ao Mercosul e à postura de integração regional, que incluem propostas como a retirada da Argentina do bloco, Milei se viu forçado a moderar seu discurso em algumas questões, especialmente em relação ao comércio com o Brasil. A interdependência comercial entre os dois países, que se reflete em uma balança comercial de US$ 25 bilhões em 2023, tem incentivado um foco mais pragmático nas negociações. A pressão do setor privado e as necessidades econômicas da Argentina, como a escassez de recursos e os problemas fiscais, tornam difícil uma ruptura drástica com o Brasil, que continua sendo um dos maiores parceiros comerciais da Argentina​.

Além disso, mesmo com as tensões políticas, a cooperação entre os países tem sido mantida em áreas como a energia. Em maio de 2024, a Argentina solicitou a importação urgente de gás da Petrobras para enfrentar um pico de frio, e o Brasil atendeu ao pedido sem afetar o abastecimento interno​

Essa relação estratégica no setor energético, entre outros, mostra que, embora as diferenças ideológicas entre os presidentes sejam evidentes, os laços comerciais e de infraestrutura continuam sendo um ponto de continuidade.

Assim, apesar das declarações controversas e do foco de Milei em alinhar-se com outros líderes de direita, a parceria entre Brasil e Argentina permanece sólida, com ambas as partes cientes da importância de manter as relações pragmáticas, especialmente em tempos de crise econômica​

Com informações do Poder360​ e VEJA.

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