São Paulo: Acima do limite de emergência, cidade do interior de SP tem 12% da população infectada por dengue
Somente neste ano, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, foram contabilizados 223 casos da doença na cidade, o que representa 12,1% da população contaminada.
Mais de 12% dos moradores de Aspásia (SP) contraiu dengue em 2025. Com quase dois mil habitantes, a pequena cidade, que fica na região de São José do Rio Preto (SP), registrou a maior taxa de incidência da doença no estado de São Paulo: o número representa uma incidência 40 vezes maior que o limite do índice de emergência.
Goiás: Dengue Ameaça Cidades Pequenas: Falta de Recursos Agrava Situação
A dengue continua sendo uma grande preocupação em todo o país, mas em cidades pequenas, onde os recursos em saúde são mais limitados, a situação se torna ainda mais alarmante. No sudoeste goiano, municípios como Amorinópolis, Montividiu, Santo Antônio da Barra, Aparecida do Rio Doce, Maurilândia, Castelândia, Porteirão e outros, também considerados pequenos em número populacional, precisam de atenção redobrada para evitar surtos da doença e um colapso na saúde, já que os casos graves geralmente precisam ser transferidos para hospitais de cidades maiores, sobrecarregando o sistema de saúde regional.
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Falta de estrutura aumenta o risco
Diferente dos grandes centros urbanos, onde há hospitais equipados para atender pacientes com complicações da dengue, as pequenas cidades enfrentam dificuldades para lidar com um aumento expressivo de casos. Muitas vezes, postos de saúde e pequenos hospitais locais não possuem leitos suficientes, medicamentos adequados ou profissionais especializados para tratar pacientes em estado grave.
Em Montividiu, vários casos foram confirmados e apesar de um nvos hospital estar sendo finalizado, a estrutura é pequena quando se fala em casos graves, que são encaminhados para outros municípios, há pelo menos 200 km de distância, por exemplo: Goiânia, Itumbiara e as vezes Jataí e Rio Verde, que estão mais próximas. É o que relata paciente que teve sua internação transferida para Itumbiara.
“É muito difícil ter que ir para outra cidade. Os parentes ficam preocupados e a gente fica meio isolado de todo mundo”. – E ainda completa deixando um alerta: “O que a gente tem que fazer é cuidar dos nossos quintais e não deixar a dengue pegar a gente, é muito ruim ter que ser internado em outra cidade”.
A moradora de Santo Antônio da Barra, Maria das Dores, relata sua preocupação: “Aqui, se alguém tem dengue agravada, a gente já sabe que precisa ser levado para Rio Verde ou Jataí ou Goiânia né?. Isso gera angústia, porque nem sempre consegue uma vaga rapidamente. A gente tem equipe boa aqui mas não suporta né? Temos que cuidar.” – Lamentou a moradora.
O mesmo cenário é vivido em Amorinópolis, onde casos suspeitos de dengue grave também precisam ser encaminhados para outras cidade.
Casos graves em municípios com menos suporte
Além dos municípios goianos, a situação já é crítica em outras pequenas cidades do Brasil. Em algumas localidades do Nordeste e Norte, a falta de estrutura hospitalar tem agravado a mortalidade por dengue.
O que fazer para evitar uma epidemia?
A melhor forma de evitar que a dengue cause uma crise de saúde é através da prevenção. Algumas medidas essenciais incluem:
- Eliminar focos do mosquito: Tampar caixas d’água, não deixar água parada em vasos de plantas e pneus, limpar calhas e ralos regularmente.
- Mobilização comunitária: Prefeituras devem realizar mutirões de limpeza e campanhas educativas.
- Uso de repelentes e proteção individual: Principalmente para crianças, idosos e pessoas mais vulneráveis.
- Notificação rápida de casos: Para que a Secretaria de Saúde tome medidas preventivas e controle o avanço da doença.
O combate à dengue é uma responsabilidade de todos.
Quanto antes a população se conscientizar e agir, menores serão os riscos de surtos e de colapso nos serviços de saúde.
Pequenas cidades precisam se proteger ainda mais, pois a falta de estrutura pode transformar a dengue em uma verdadeira tragédia.
Vacina 100% nacional ano que vem
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes de demiir a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciaram nesta terça-feira (25), em Brasília, a produção – em larga escala – da primeira vacina 100% nacional e de dose única contra a dengue.
A previsão é que, a partir de 2026, sejam ofertadas 60 milhões de doses anuais, com possibilidade de ampliação do quantitativo conforme demanda e capacidade produtiva.
“A gente espera, em dois anos, poder vacinar toda a população elegível [de 2 a 59 anos]”, disse a ministra, durante cerimônia no Palácio do Planalto.
“Por enquanto, os idosos ainda não poderão tomar a vacina porque, quando as vacinas são testadas, há sempre um cuidado com a população idosa”, explicou Nísia, ao se referir às fases de testes clínicos de imunizantes.